sábado, 28 de agosto de 2010
domingo, 22 de agosto de 2010
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
O lobo do homem
"O que mais me impressiona nos fracos é que eles precisam humilhar os outros para se sentir fortes". Esta frase está impressa num papel colado numa das paredes da 26ª CP, Vila de Abrantes, onde uma equipe de TV local faz mais uma matéria sobre ocorrências policiais. O enredo é sempre o mesmo: um "intrépido repórter" cita o nome completo, supostos apelidos e delitos supostamente cometidos por um indivíduo detido em alguma delegacia de Salvador e adjacências. Desprezando o fato de o suspeito não ter passado por um julgamento e eventual condenação, o repórter , não se sabe com que autoridade, agiliza o processo penal e, ali mesmo, acusa, julga e condena o indivíduo, explorando sua imagem, exibida exaustivamente em vários ângulos, interrogando-o de modo incisivo e sarcástico, atribuindo-lhe crimes diversos, ridicularizando qualquer declaração de defesa ou justificativa. Às vezes, há espaço para lições de moral ou tiradas “humorísticas”.
Há também a modalidade "Operação Policial", quando o "intrépido repórter", com seu coletinho à prova de balas, acompanha invasões de residências sem apresentação de mandado, abordagens violentas e com uso de palavreado chulo dirigidos a pessoas que simplesmente estão exercendo seu direito de ir e vir. A lógica é a de que todos são culpados até prova em contrário.
Em comum entre aqueles que servem como atração para esse tipo de programa está o fato de serem pobres, com pouca escolaridade e quase nenhuma noção de seus direitos. Exatamente como a maioria dos telespectadores, alimentados toda a vida com uma visão maniqueísta patrocinada pela imprensa, porta-voz da "verdade", que diz quem está do lado certo e quem está do outro lado.
Será que nunca viram essas cenas os representantes do ministério Público do Estado? Dos Direitos Humanos? Da OAB-BA? Da intelectualidade (ops...eles não assistem esse tipo de coisa...).
Há também a modalidade "Operação Policial", quando o "intrépido repórter", com seu coletinho à prova de balas, acompanha invasões de residências sem apresentação de mandado, abordagens violentas e com uso de palavreado chulo dirigidos a pessoas que simplesmente estão exercendo seu direito de ir e vir. A lógica é a de que todos são culpados até prova em contrário.
Em comum entre aqueles que servem como atração para esse tipo de programa está o fato de serem pobres, com pouca escolaridade e quase nenhuma noção de seus direitos. Exatamente como a maioria dos telespectadores, alimentados toda a vida com uma visão maniqueísta patrocinada pela imprensa, porta-voz da "verdade", que diz quem está do lado certo e quem está do outro lado.
Será que nunca viram essas cenas os representantes do ministério Público do Estado? Dos Direitos Humanos? Da OAB-BA? Da intelectualidade (ops...eles não assistem esse tipo de coisa...).
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sexta-feira, 6 de agosto de 2010
A rosa faz 65 anos
"A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada"
Em meio a especulações sobre uma invasão ao Irã, com o pretexto de verificação e controle de armamento nuclear, é bom lembrar que Hiroshima e Nagasaki são até agora os únicos ataques onde se utilizaram armas nucleares - promovidos pela nação que quer tomar conta do mundo e ser a guardiã da paz.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Sobre meninos palestinos
O desespero de Khaled
Khaled, de cinco anos de idade, desespera-se ao assistir o pai ser violentamente levado por soldados israelenses.
Fadel é acusado, junto com outros agricultores, de desviar água de canos que abastecem um assentamento judeu na Cisjordânia.
Os palestinos afirmam ter documentos com a permissão de autoridades palestinas para usar a água e que pagam por ela todos os meses.
Gritando e chorando, o pequeno Khaled tenta chegar a seu pai e implora aos soldados que não o levem. Tudo em vão: é afastado mecanicamente, como um pacote flácido, e vê o carro afastar-se com seu pai dentro dele...
O Coração de Ahmed
O filme "Heart of Jenin" (Coração de Jenin), de 2008, é baseado na história de Ahmed Khatib, de 11 anos, e seu pai, Ismael.
Ahmed foi morto em Jenin, por tropas israelenses, quando brincava na rua com seus amigos.
Segundo a versão oficial de Israel, Ahmed portava uma arma de brinquedo que foi confundida pelos soldados com uma de verdade.
No entanto, nenhuma arma (nem de verdade nem de brinquedo) foi encontrada quando foi morto pelos soldados israelenses.
O pai de Ahmed, Ismael, resolveu doar os orgãos de Ahmed a seis israelenses, entre eles árabes e judeus, afirmando que "a vida é a coisa mais importante".
O gesto dramático do pai do menino morto comoveu o cineasta Marcus Vetter e o levou a fazer o filme, no qual acompanhou Ismael Khatib em visitas aos israelenses que receberam os órgãos de Ahmed.
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