segunda-feira, 30 de novembro de 2009

domingo, 29 de novembro de 2009

Na verdade, nada esconde essa minha timidez



Shyness is nice, and
Shyness can stop you
From doing all the things in life
You'd like to


Coyness is nice, and
Coyness can stop you
From saying all the things in
Life you'd like to

Mos sempre foi muuuuuito tímido mesmo. E, depois de tudo, com mais de 50 anos, ele continua, além de reservado e polido como bom inglês que é, constrangedoramente (?) tímido.
Tá vendo, Mos, como você estava enganado (ou exagerando, como sempre) - A timidez e a reserva não te impediram de fazer e dizer tudo o que quis...
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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

MELLERIL - Memento Sincrético

O AS convida a todos para a exposição de artes visuais e sonoras MELLERIL - Memento Sincrético, retrospectiva dos trabalhos do coletivo, atuante desde 2003.
Museu de Arte Contemporânea (MAC), em Feira de Santana - BA
Vernissage: 26/11/2009, às 20h
Visitação: 27/11 a 26/12/2009
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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Saudades de sua voz

Foto: Marcelo Min

“A felicidade já não está a meu alcance, o contentamento sim. Sempre há um jeito de dar um sorriso. Mas, às vezes, o possível para nós é muito pouco”.

Essa frase é de Odele, mãe de Flavia. Um pouco de sua história está na revista Época desta semana.
Já tinha conhecimento do que ocorrera com Flavia, mas, na reportagem de Eliane Brum, emocionei-me com as demonstrações de imenso amor que esta mãe dedica à filha, em cada detalhe cotidiano, e da força por fazer de sua vida uma luta para evitar acidentes semelhantes.
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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Panta Rhei

Fluir - Foto de Gil Freitas

"Tudo flui, nada persiste, exceto a mudança".
Heráclito de Éfeso
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terça-feira, 17 de novembro de 2009

De onde se vem, prá onde se vai


- Bom, está todo mundo olhando prá mim.
- Você é linda!
- Estão olhando porque não estão acostumados a ver uma mulher num vestido de três dólares neste restaurante.
- Sabe o que é? É que se preocupam de onde as pessoas vêm e só o que importa é prá onde as pessoas vão.
- E prá onde você vai?
- Prá onde eu quiser.
Diálogo de Billie Frechette e John Dillinger em "Inimigos Públicos"
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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Não sou o herói do dia


Não sou o herói do dia.
A vida me obrigou
a comparecer, sem convite, ao banquete
em que me vejo, agora, erguendo a taça,
não sei a quem.
Soldado que lutou sem querer, por força
do original pecado, e em cujo peito não fulgura,
até hoje, nenhuma
condecoração.

Não sou o herói do dia.
Passei pela vida
como quem passa
por um jardim público, onde há uma rosa proibida
por edital.
A rosa de ninguém, a rosa anónima
que aparece jogada sobre o túmulo
do desconhecido, todas as manhãs.

É bem verdade que, em menino, eu possuía uma banda de música
que tocava no circo, acompanhava enterro,
que tomava parte em procissão de encontro
e nos triunfos da legalidade.
Hoje, porém, - pergunto -, onde o pitão, o bombardino, o saxofone, a flauta, a clarineta,
os instrumentos todos
dessa banda de música?
Todos quebrados, os respectivos músicos caídos
num só horizonte.
Minha banda de música, se existe,
é agora
de homens descalços e instrumentos mudos.

Não sou o herói do dia.

Ah, o silêncio
de alguns amigos que deviam falar e não falam.
O grande silêncio
da banda de música que devia tocar e não toca.
O silêncio espantoso
de quem devia estar gritando
desesperadamente, e ficou quieto.
E ficou quieto, sem explicação.
Maestro, não é hora de tocar-se o hino nacional?

Ah, positivamente,
não sou o herói do dia!

Cassiano Ricardo
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domingo, 15 de novembro de 2009

O velho Mito da Caverna


"A Televisão me deixou burro

Muito burro demais

Agora todas coisas que eu penso

Me parecem iguais"


Titãs - Televisão

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sábado, 14 de novembro de 2009

A Vaquinha

Um Mestre passeava por uma floresta com seu fiel discípulo quando avistou ao longe um sítio de aparência pobre e resolveu fazer uma visita. Durante o percurso, falou ao aprendiz sobre a importância das visitas e as oportunidades de aprendizado que temos, também com as pessoas que mal conhecemos. Chegando ao sítio constatou a pobreza do lugar. Sem calçamento, a casa de madeira. Os moradores, um casal e três filhos, vestidos com roupas rasgadas e sujas. Então aproximou-se do pai daquela família, e perguntou:
- Neste lugar não há sinais de comércio e de trabalho. Como o senhor e a sua família sobrevivem aqui?
E o homem, calmamente, respondeu:
- Meu amigo, nós temos uma vaquinha que dá vários litros de leite todos os dias. Uma parte desse produto nós vendemos ou trocamos na cidade vizinha por outros gêneros de alimentos e com a outra parte, produzimos queijo e coalhada para o nosso consumo, e assim, vamos sobrevivendo.
O sábio agradeceu a informação, contemplou o lugar por uns momentos, despediu-se e partiu. No meio do caminho, voltou-se ao discípulo e ordenou secamente:
- Pegue a vaquinha, leve-a ao precipício ali à frente e empurre-a, jogue-a lá em baixo.
O jovem arregalou os olhos espantado e questionou o mestre sobre o fato da vaquinha ser o único meio de sobrevivência daquela família, mas diante do silêncio absoluto do Mestre, foi cumprir a ordem. Assim, empurrou a vaquinha morro abaixo e viu-a morrer. Aquela cena ficou marcada na memória daquele jovem durante anos.
Até que um dia ele resolveu abandonar tudo e voltar àquele mesmo lugar e contar tudo à família, pedir perdão e ajudá-los. Assim fez, e quando se aproximava do local avistou um sítio muito bonito, com árvores floridas, carro na garagem, crianças brincando no jardim. Ficou triste e desesperado imaginando que aquela humilde família tivera que vender o sítio para sobreviver, apertou o passo e, chegando lá, foi recebido por um caseiro muito simpático e perguntou sobre a família que ali morava há uns quatro anos. A resposta foi:
Contiinuam morando aqui. Espantado, entrou correndo na casa e viu que era a mesma família que visitara antes com o Mestre. Elogiou o local e perguntou ao homem (o dono da vaquinha):
- Como o senhor melhorou este sítio e mudou tanto a sua vida?
E o homem, entusiasmado, respondeu:
- Nos tínhamos uma vaquinha que caiu no precipício e morreu. Daí em diante tivemos que fazer outras coisas e desenvolver habilidades que nem sabíamos que tínhamos. Assim, alcançamos o sucesso que seus olhos vislumbram agora...
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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Manutenção


"Outra falha no caráter humano é que todo mundo quer construir e ninguém quer cuidar da manutenção."

Kurt Vonnegut em "Hócus-pócus"

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terça-feira, 10 de novembro de 2009

Nostalgia...


...do cheirinho da lancheira da escola e do papel contact que forrava meus livros e cadernos. Engraçado que, aos 5-6 anos, olhava para essas coisas banais e sabia que lembraria delas, com saudade.
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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Pureza


"Não pode a palavra mitigar, nem o lenço devolver pureza."
Arseniï Tarkovskiï
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sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A beleza

" Dizes que a beleza não é nada? Imagina um hipopótamo com alma de anjo... Sim, ele poderá convencer os outros de sua angelitude - mas que trabalheira!"
Mario Quintana
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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Solilóquios


“Falar é prata, calar é ouro”
Saber ouvir é uma arte cultivada por poucos. O exercício do diálogo constantemente transforma-se em disputas do tipo o monólogo mais eloquente ou a argumentação mais embasada. Um não escuta o outro, apenas aguarda sua vez de falar, tomar a palavra, fazer um aparte...No fim, a sensação de que falávamos para ninguém, com ninguém, falávamos sós, falávamos...só.

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